Onde São Pedro da Serra harmoniza comida, bebida e boa música? Confira!
Pensou São Pedro da Serra pensou em música.
Não dá para dissociar.
Embora também esteja intimamente ligada à natureza, à agricultura familiar, ao clima de serra, às “n” caminhadas que podem ser feitas partindo daqui para diferentes localidades e ainda à uma gastronomia variada, a nossa mais-que-linda vilinha sempre teve na música um diferencial.
Aqui moram, passaram longas temporadas e produziram – e ainda produzem – seus álbuns, músicos dos mais diferentes estilos.
A homenagem à Cássia Eller, que o Armazém Andar de Cima fará nesta sexta, dia 10 de dezembro, meio que prova isso. Cássia adorava se apresentar aqui, quase de graça, só pelo prazer de estar e tocar com amigos.
E são esses artistas que costumam embalar as noitadas, nos palcos da vila onde boa comida, boa bebida e boa música se harmonizam.
Onde ficam esses tais palcos?
Aí é preciso abrir parênteses, antes de responder.
As noites de São Pedro da Serra têm um jeitinho um tanto pendular.
Ora é no Largo do Estrela que as coisas acontecem e todos correm para lá.
Ora, o barato é curtir música na praça, e pra lá vão todos.
Houve, porém, vários anos em que festivais e eventos, inclusive gastronômicos, se concentram na quadra.
E teve períodos em que o “Meião” era o point, alimentado pelo famoso Alquimia; anos depois, pela programação da Taberna Aconchego e, mais recentemente, com os showzinhos no gramadinho do Ulyana e no “calçadão” do Casino Serrano.
Passamos ainda um longo período, em que barzinhos da primeira reta (como o Botequim Gourmet e o Café Brasil) ditavam a agenda do fim de semana.
Sem esquecer os tempos em que a dobradinha Taberna dos Sinos e Corsário, ambos pertinho da Ponte do Amor, reinavam absolutos.
Mas e hoje, como estamos? Insiste o leitor.
A desorganização causada por quase dois anos de pandemia, fez pipocar palcos menores e meio que espalhou a música, ao longo de toda a vila. Então, siga lendo que vamos falar de onde a combinação comida, bebida e música dá samba e, também rock, folk, reggae…
IMPORTANTE: Mas fica um lembrete: como tudo em São Pedro, além de volta e meia mudarem de endereço e de proposta, alguns desses palcos eventualmente deixam de ter programação musical, como do nada, voltam a ter com toda intensidade. Então, não fiquem chateados com a Canteiros se a música que esperavam encontrar num lugar estiver acontecendo em outro…rs
PRAÇA DO CORETO – Músicos têm se revezado todos os fins de semana no mais charmoso e bucólico palco da vila: a nossa pracinha. Ocupam, para isso, o raro exemplar ainda de pé de um legítimo coretinho da roça brasileira. Em geral, eles recebem ajuda dos bares, restaurantes e até de lojas do entorno. Mas ficam bem animados quando o público, além de palmas, também deixa contribuições no chapéu. O Irish Pub, o restaurante Quinta do Penetra e o Zyaarat Bistrô garantem boa comida, bons petiscos e boa bebida para o público que vai ver os shows.
OPAATEM – O restaurante de Kenia e Ricardo é especializado em batata recheada, e foi parte por um tempo do conjunto da praça, quando dividia com os outros a programação do coretinho. Foi também a primeira casa a levar o maçarico até a mesa do cliente. Na verdade, até a mesa e bem mais além: ficaram famosas imagens de Ricardo gratinando as batatas em pleno gramado da praça, para quem assistia alguma apresentação dos festivais promovidos pela Associação do Comércio (Acisps). As fotos davam a impressão de algum flagrante de um evento na Europa. Em seu endereço atual, quase em frente à Galeria São Pedro, a meio caminho entre Praça e Capela, o Opaatem não perdeu o gosto pela boa música. Apenas tem deixado a agenda para momentos mais especiais. Com música ou não, a Kenia no atendimento e o Ricardo, no maçarico, garantem uma excelente experiência, a comida quentinha, deliciosa – gratinada na hora! -, além da programação musical animada.
CANTINA FLORÊNCIO – O chef Naem é de Lua. Às vezes, passa uma estação promovendo show todas as sextas e sábados. Às vezes, fica um mês sem música alguma, ou dá guarida a um músico conhecido por várias semanas seguidas. De viola caipira ao rock, passando por grupos de samba, a Cantina é uma opção que reúne chope da Brahma (ou cervejas, inclusive artesanais), a petiscos exclusivos, massas fantásticas (o nhoque dele é dos deuses!) e pratos exclusivíssimos, elaborados com base em receitas de família e de suas experiências em restaurantes na Espanha.
LUMIAR TÁ PRA PEIXE – O restaurante, que começou em Lumiar (e de lá trouxe o nome), passou um tempo na Ilha Grande e, agora, fincou raízes em São Pedro da Serra, vem se tornando um palco muito ativo. No mínimo, um show por fim de semana. Isso, quando a agenda não inclui a sexta e o domingo. Cardápio variado, cervejas especiais e espaço para dançar, são as características de mais esse palco de nossa vilinha que fica quase em frente à Capela.
EMPÓRIO ULYANA – O gramadinho do Ulyana é outro lugar que depende da fase lunar (rs). Tem meses que fica vazio, meio tristinho. Em outros meses, está repleto de opções que se combinam e dividem despesas e trabalho de produção para garantir vários shows muito legais. Seja como for, já onde comer e beber e também comprar lindos artesanatos nas lojinhas próximas.
FONDUERIA LA LUMIAR – Outro negócio que nasceu na vila vizinha e veio aportar aqui, na mais-que-linda, a Fondueria tem feito showzinhos com alguma regularidade. É uma ótima opção para curtir romance combinado com boa música.
TABERNA DOS SINOS – Conhecido como o “Canecão” de São Pedro da Serra pela variada programação musical, a Taberna reduziu um pouco ritmo por conta a pandemia. De três shows por fim de semana normal a até quatro, nos feriadões, a casa tem apostado nos sábados como a noite oficial de música ao vivo. Mas, volta e meia a agenda é espichada, como no ferido de 2 de novembro, que caiu numa terça, quando a Taberna apostou em shows sábado, domingo e segunda. O cardápio continua variadíssimo, a cerveja sempre gelada, os drinks espertíssimos e há diferentes espaços para ficar e relaxar, inclusive, nas noites frias, quando a Taberna acende seu fogo de chão.
ARMAZÉM ANDAR DE CIMA – Cervejaria artesanal, com vários tipos, para todos os paladares, o Andar de Cima também tinha uma programação musical bem azeitadinha até a pandemia chegar. Incluindo uma tarde de feirinha de produtos locais muito animada, quando sempre rolava um showzinho. Mas, aos poucos, volta a se abrir para a música ao vivo, como nesta sexta, dia 10, em que faz homenagem à Cassia Eller. E, no próximo fim de semana, já serão duas noites de música. Petiscos, 12 torneiras de chope (isso mesmo, são 12 chopes artesanais diferentes!), comida japonesa e muito espaço ao ar livre são os fortes da casa.
REFAZENDA – Ocupando um espaço que por anos ficou consagrado ao samba de raiz e ao choro (a Estação Glória), o Refazenda está começando a tatear no campo da música. Fim de semana passado teve show. Neste, não há programação definida, ainda (até a hora que esta postagem fechou). Mas a ideia é ir, aos poucos, acrescentando música ao tempero da casa que tem na gastronomia afetiva (ligada às tradições interioranas do chef) e nas quatro torneiras de chope Mamute os seus pontos altos.
SECRETO – No alto da vila, meio escondida nas matas, a casa-restaurante do chef Brás começou em novembro a abrir espaço para a música, mas como o acesso não é muito fácil, voltou a se fechar e a atender por delivery. De qualquer forma, fica aqui na lista por poder retomar a programação musical a qualquer momento. Em 2021, Brás lançou as “Quartas Secretas” e, depois, os “Domingos Secretos”. Nesses dias, o cardápio afinadíssimo é harmonizado com o repertório ainda mais afinado.
CLUBES – Tanto o Estrela do Mar F.C., quando o São Pedro F.C., podem, eventualmente, servir de palco para shows especiais. É caso sempre de conferir a agenda da semana..